Mulher na Janela em ferro, de um artista caicoense que ainda não sei o nome
Ladra seu sonho insone,
em saudade, vinagre e doçura.
Adélia Prado
em saudade, vinagre e doçura.
Adélia Prado
feitiça de longe
amaciando palavras de barro:
flores atacadas por saúvas
cajus travados na garganta
silêncios segredando sonhos.
se me dá uma água de beber
bem no meio do deserto,
o vestido desce ao chão
arrastando nu tecido
(pernas, poemas, estrelas)
escapa das mãos
um primitivo toque cigano
adivinhando o cheiro de vinagres e desejos.
irrigada de águas agridoces,
minha boca amanhece com seu nome dentro.
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